segunda-feira, 28 de novembro de 2016

apenas isso



inspirado na nevoenta ave...
e na sede de desenrolar o carretel mundo,
se queimo, queimo a madeira da árvore
plantada nos arredores do que nunca penso,
nos arredores do que nunca penso,
estão as próximas cenas,
os cartazes que serão expostos no invisível
e no visível

e não é para compreender,
é não é para fazer qualquer reflexão 
diante do que aqui escrevo

movido pela coisa da música que ora ouço,
relincho isso que você pensa estar lendo,
mas nunca ou sempre...

fica a critério de cada um,
morrer ou continuar vivo durante esse voar
nada linear de palavras
puxadas, repito, pelo que ora ouço

agora na serpente de todas as montarias,
agora indo ao fundo do fundo,
ao fim do fim,
ao território marcado pelas impressões
apenas dos dedos

ruídos, reinos de ruídos,
batidas, pancadas,
pancadas no metal,
nas parte sonolenta da pedra,
do prego morno cravado
nas maçãs da face do tempo
que levo para escrever
o que aqui está escrito

apenas isso

( edu planchêz )

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