domingo, 28 de agosto de 2016

das canções que cantas


eu tenho ciúmes até de tua sombra, assumo,
assumo o desvairado amor,
a arrepiante lambida 
e os goles da cerveja cintra,
as tardes que toco flauta no ponto de ônibus
para que o macarrão apareça em nossos pratos
nada fácil, tudo fácil, mais saboroso que o sabor,
que a magnânima bondade de teus lábios
e eu soprei minha flauta de cristais derretidos,
e eu soprei minha flauta de creme de leite e amoras
eu tenho ciúmes até de tua sombra,
dos muitos que te desejam,
das canções que cantas

( edu planchêz )

Nenhum comentário:

Postar um comentário