sábado, 13 de agosto de 2016

Diego El Khouri, velho irmão de pajelanças


Diego El Khouri, velho irmão de pajelanças
e caramujas sonolências,
de arbustos e tonéis de ácidos,
aqui vivendo os zunidos das horas, o arrulho da pança
alimentada pelo queijo que acabei de roubar,
continuo o mesmo Zapata, pistoleiro súbito,
homem-tarantula das negruras,
espinhoso escaravelho
Alvuras nas quentes redes dos arcos
onde a iris se esconde,
onde me escondo com minha ama de leite,
das ladroagens da morbidez dos roedores de dinheiro,
da astúcia ornamental dos mulambos da velha família
oriunda da formiga cortadeira e do coco do bandido
do cavalo que nunca leu nem bula de remédios
Caro amigo, os azulejos do nada pestanejam
cá nas ganancias de ver-te em breve
envolto em anéis de ardumes
e sedas embebecidas de perfumes

 ( edu planchêz )

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