gostaria de não pensar nem na vida
nem na morte comum a todos,
vejo-me tremendo de medo,
vejo-me tremendo de medo,
apavorado com esse pensamento,
com esse estado inevitável a todos os viventes
com esse estado inevitável a todos os viventes
mas aqui no meu ventre de fogo,
na fé que me trouxe até essa idade,
me resta respirar,
voltar meus olhos simples
para os olhos de dentro,
morrer ou dançar com os meus fantasmas
meus fantasmas compreendem
o que eu não compreendo,
nenhuma voz poderá me dizer,
meus fantasmas que não são fantasmas
nenhuma voz poderá me dizer,
meus fantasmas que não são fantasmas
nada compreendem,
pois não passam de fantasmas
pois não passam de fantasmas
( edu planchêz )
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