segunda-feira, 8 de agosto de 2016

por pouco


verde água azul oceano,
nada de roupas nos nossos panos,
nada de farpas nas cavadas visões
do mundo outro mundo esse mundo

se eu te rego com meus pregos,
se eu remexo e remexo nas cinzas,
nos beiços da flor,
na cortina que nos une e desune...

o poeta tudo vale, nada vale
porque vê com outras mãos
o que a maioria ignora
mesmo sendo sacerdote,
mesmo sendo allen ginsberg
dos tendões aos alicerces,
das maceradas vísceras aos galhos,
por pouco não te toco

( edu planchêz )

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